Encontre-me

Vem, me encontre no silêncio da noite.
Caminha por mim com seus beijos molhados.
Despeja em meu corpo um vinho gelado.
Pois a razão do meu viver é te dar prazer.

Vem, que eu lhe deixo provar.
Do último trago do meu cigarro.
Dos meus seios guardados.
Frescos de inverno.
Quentes de verão.
Pedindo o toque de tuas mãos.

Vem, que eu derramo pelo teu corpo.
Gotas do meu perfume.
Acendo velas afrodisíacas.
Entorpeço teus sentidos.
Visto-me de tua pele.
Para saciar teu desejo.
E afogar-me em teus beijos.

Vem, deita em minha cama.
Sente meu desejo.
Escorrendo pelos seus dedos.
Mergulhe sem medo de se afogar.
Pelos meus sentidos.
Encanta-me como se eu fosse lua.
Canta-me como se eu fosse tua.

Vem, sussurra em meus ouvidos.
Sopre pétalas de flores em minha cama.
Espalha a essência do teu cheiro de relva.
No meu corpo que há tempo te espera.

Vem, me toca de mansinho.
Tire música de meu corpo.
Arranque gemidos dos meus lábios.
Entranhe pelas curvas de minha carne.
Embale-me ao som de uma bela canção.
E deixe o mais alto grau de excitação.
De nossos sentidos chegar aos pouquinhos.

Vem, sacie meu corpo com o seu.
Sinta a inocência do meu desejo.
Derramando em seu corpo.
Passeando em suas mãos.

Vem, desvenda essa face molhada.
De emoção de fêmea pura.
Por sentir que pode te dar prazer.
E enlouquecer o teu querer.

Vem, deita.
Me namora.
Afoga-me em tua vontade nua.
Diz-me que o tempo não existe.
Que nosso momento é agora.

Vem, deixa que eu adormeça.
No calor de seus braços.
Que eu acorde.
No espelho de luz de seus olhos.

Vem...