DE NOVO
A boca seca me impede a voz
Balbucio palavras de amor
Como se tu e eu fôssemos nós
Sinto que me queima teu calor
Encostas tua boca na minha
Eu recebo teu beijo com calor
A paixão minha razão desalinha
Misturo meu gosto com teu sabor
O beijo une lábios nessa paixão
Na querência que não dominamos
É um pecado que já não tem perdão
Quando ao prazer nos entregamos
Os lábios que me prendem no beijo
Agora descem um pouco mais
Pelo colo, atiçando o desejo
Pára eriçando picos em ais
Suga-os como se matando a fome
Como em açoite levas-me a gemidos
Cada vez mais voraz te consome
A vontade que nos tira os sentidos
Na viagem, paixão incontrolada
Agarras-me a cintura e me domina
O mesmo beijo faz a caminhada
Cumprindo o desejo, quase sina
Tateando-me as curvas, tuas mãos
Desde a nuca passam pelas costas
Acelera-me o corpo e o coração
E um pouco mais abaixo, a resposta
Tantos as mãos quanto tua boca
Não se cansam de estarem em mim
Em cada ponto a razão fica pouca
Nossa vontade grita, enfim
Ao fim, não podemos mais segurar
Toda a loucura, tanta emoção
A umidade quase a me inundar
Nos completamos nessa paixão
Abro os olhos no alvorecer
Sentindo ainda teu corpo no meu
Tuas mãos ainda ame envolver
Meus olhos tentam ver os teus
Um frio de solidão, então me vem
Do lado apenas lençóis revirados
Sequer um traço de ti aqui tem
Mais um gozo de amor, só sonhado