Poema - Uma seda que queima
Sobre a pele que se enruga com o passar da vida, escorrem suores de ti.
Suores que ficaram de um respirar, de um suspiro profundo envolvido em um delicado lençol de seda.
Tecido de um vermelho uniforme e apaixonado.
Em segredo lanço-te em um mar de olhares tímidos e inocentes,
contemplo-te, penetro-te, invado-te faminta de teu ser.
E querendo ser o teu sorriso, incendeio-me de lágrimas de emoção.
Conquistas-me assim docemente e conscientemente.
Tudo a se encaixar, almas entrelaçadas, sorrisos beijados, somos perfeitos.
A seda ganha movimentos sinuosos, mostra-se escaldante, envolvente, úmida e desnuda, caindo ao chão como um colar de pérolas e em gestos mútuos nos devoramos até a exaustão, deixando marcas daquele antídoto, daquela química nociva a se encantar.
Acelera-se a ação, todo o acontecer abando o coração, tudo ao nosso redor energeticamente para no tempo.
E no momento certo, do tocar perfeito e desejado, explodem-se em gemidos estridentes e satisfeitos.
Sem forças, alagados em suores de prazer, comunicam-se através de olhares cintilantes e sorrisos rasgados.
Depois de um longo período de tempo, a respiração estabiliza, os corpos se secam e num arrepiar se abraçam, se entrelaçam e adormecem serenamente.
Poema baseado em um escrito desconhecido, do qual recebi por e-mail por um amigo.