Jardim do Éden *
Oh, a natureza cala-se para nos ouvir
Até a lua inclina-se para nos assistir
O meu corpo delicadamente deitado no chão orvalhado
E por cima do meu corpo encontra-se ele debruçado
Um homem fervente e com sede de mim
Fazia passear suas cálidas mãos sobre os meus seios suados
Dois amantes alucinados
Ao jardim do Éden transportados
E todo ser que existia
Ouvia o intenso gemido que ecoava
Mesmo de longe se escutava
A mais ardente melodia
Delírios de prazer na madrugada
De duas almas que se entregavam
Apaixonados que emprestam seu corpo para a insanidade
Espíritos unificados, enamorados em êxtase, à margem da realidade.