Ousas.
Ao girar-te sobre meu corpo desnudo,
Curvando meus lábios entre os teus,
Amante, carinhosa, minha mulher;
Suspiro o ar que falta da vida.
Delicada, ousas abusar do poder,
Concentrada no leito, pedes carinhos;
Diante dos desesperos das rosas,
Que acentuam tua nudez atraente.
Faminta com o tinto que banha-te,
Sugeres em minha boca teus seios,
Rígidos de calores em meus tesos.
Balançando a cabeça suavemente,
Indicando onde queres meus gracejos,
Quando ajoelhas em desesperos.