De paixão e barro
Nas cenas de inverno
Descubro novas paisagens
E recolho-me.
Nas visagens que vou abstraindo
Ganho o dia,
E as tuas mãos de tinta me nutrem.
A cada passo,
Mesmo com os olhos fechados,
Sinto as praças e suas sutis geadas.
Sem cuidado,
Piso nos tapetes platinados
Eles tecem meus incertos caminhos.
E o sol de junho tinge o dia
Solene e docemente fraco.
Deixo então que me toques e viro barro.
Beijo a todos!