A essência

Sou essencialmente feito de arrepios.

Do que me tira do prumo,

sou cativo.

Por Deus! o que fazer desse beijo andarilho

que concubina penugens ao cio.

E ao vento,

e ao fogo.

O que fazer quando a língua vai aos caminhos da roça (rosa).

Que me resta a não ser o arrepio

e a poesia mole

de gozar à Camões.