FLOR SELVAGEM
Pegaste-me tão desprevenida
Num sopro apaixonado e benfazejo
Onde mora, todo este meu desejo
Que corre, pelas minhas avenidas
Descalça, feito criança traquina
Florescendo sorrisos pelos campos
cobertos todos, por lilases alfazemas
Delicadas notas de um perfume a voar
repousando suave nas minhas esquinas
Onde te espero, e te quero, flor selvagem
num poema quente que me escorre
Vaginais lábios de mulher primaveril
febril anseio, com olhar de menina