"Manhãs"--Versos Existenciais
De manhã,
Ora, de manhã,
É a hora do meu bocejo
Do meu poema
De manhã ,é a hora do copo de leite
Do chilreio do pássaro.
De manhã, é a hora do dente
E da toalete
Ora, de manhã, vou ao mercado
De manhã, é o espreguiçar gostoso
E a lembrança do teu amor dengoso, ontem
E do travesseiro ocioso e choroso
A me espiar com olho comprido,
Sentido, ao meu lado,
Calado e vazio,
nas minhas manhãs...