BALÉ SEM ENREDO
Um balé sem enredo,
nada, por nós, ensaiado.
Em nosso palco, sem medo,
inédito passo mostrado.
Levo, você, nas alturas,
com meu " passo double " safado.
Faço, em seu corpo, loucuras,
num " pas de chat " assanhado.
O seu " grand jeté " me encanta,
se abre, pra mim, no espaço.
Tudo, que é meu, se agiganta,
prendo, você, num abraço.
Não mais resistindo ao bailado,
vou meu " cabriole " fazer.
Você molhadinha, eu suado,
final de intenso prazer.