BALÉ SEM ENREDO

Um balé sem enredo,

nada, por nós, ensaiado.

Em nosso palco, sem medo,

inédito passo mostrado.

Levo, você, nas alturas,

com meu " passo double " safado.

Faço, em seu corpo, loucuras,

num " pas de chat " assanhado.

O seu " grand jeté " me encanta,

se abre, pra mim, no espaço.

Tudo, que é meu, se agiganta,

prendo, você, num abraço.

Não mais resistindo ao bailado,

vou meu " cabriole " fazer.

Você molhadinha, eu suado,

final de intenso prazer.

Poeta Télio
Enviado por Poeta Télio em 25/02/2015
Reeditado em 25/02/2015
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