SOMOS SEMPRE ASSIM
 
Trazes para mim
Os dedos eletrizados de carinhos
Nos olhos, dois sóis do meio-dia
No ventre, os açoites de desejos
A bela aurora, na janela, debruçada.
 
Trazes o perfume, onde a excita,
O sótão que enxaguo com beijinhos
Nos pousos, as gotas de um pranto
E os sóis suaves no ocaso
 
Somos sempre assim
Transbordante em desejos
 Que peito a peito sobre a cama
No laço estreito apertado
Tombamos como esquecidos
 No cair de folhas mortas