Tortura

E sem cerimônia já me tomas ereto

Como se o cacto, planta a dilacerar-me na carne;

na ferida aberta de desejo/nas águas escorridas desse pejo

onde o corte é proeminente aberto/num seixo de ondas/...

... planta-me o teu sumo/gumes de losnas enlouquecedoras

enquanto não me turve a benevolência desse ato...

enquanto não me core por todo o corpo a vergonha avermelhada

{Pacto de uma Vênus // surto de um Eros// Coice de um Pã]

a cavalgar-me na mansidão das minhas nádegas...

A estreitar-me no engate de mais uma fissura que se dilata:

- toda dor deve ser bem ao fundo desse âmago/anel esmerilhado]

e toda o prazer bem misturado ao toque do cruel espadachim

e ao apelo do corpo que se entrega dizendo-se: - dor.

E ao gozo que se revela espasmodicamente num esguicho de amor.

E me tomas ereto, devidamente pura quando soluço mais puta.

E me fodes com mais força e raiva quando me deixo escorrer

deitada de bruços nas almofadas....................................

Apenas (Eu)
Enviado por Apenas (Eu) em 17/01/2015
Reeditado em 19/01/2015
Código do texto: T5105142
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