Tortura
E sem cerimônia já me tomas ereto
Como se o cacto, planta a dilacerar-me na carne;
na ferida aberta de desejo/nas águas escorridas desse pejo
onde o corte é proeminente aberto/num seixo de ondas/...
... planta-me o teu sumo/gumes de losnas enlouquecedoras
enquanto não me turve a benevolência desse ato...
enquanto não me core por todo o corpo a vergonha avermelhada
{Pacto de uma Vênus // surto de um Eros// Coice de um Pã]
a cavalgar-me na mansidão das minhas nádegas...
A estreitar-me no engate de mais uma fissura que se dilata:
- toda dor deve ser bem ao fundo desse âmago/anel esmerilhado]
e toda o prazer bem misturado ao toque do cruel espadachim
e ao apelo do corpo que se entrega dizendo-se: - dor.
E ao gozo que se revela espasmodicamente num esguicho de amor.
E me tomas ereto, devidamente pura quando soluço mais puta.
E me fodes com mais força e raiva quando me deixo escorrer
deitada de bruços nas almofadas....................................