Minha tela...
Seu corpo
Mostrando você pra mim
Assim desnudo...
É a tela onde desenho,
Pinto mil paisagens,
Dou formas à fantasia,
Às imagens nebulosas
Do amor e da paixão
De um simbolismo marcado de desejo
Formas etéreas e etermas
Sutis símbolos desse apego
As tintas difusas e profusas do meu amor
Correm em sua pele
Em cores sur tom
Como gotas de chuva bebidas pelo sedento chão
Recebe as cores pigmentadas por eros
No toque de minhas ávidas mãos
Sorve... Absorve,
Incorpora em seus poros
E eu pinto a magia desse querer
Onde só eu posso ver
Os segredos ressaltados nela
E, artista enamorado de sua obra
Desejo adentrar na tela
E assim como Van Gogh em sua loucura
Perder-me eternamente nela
Amalgamado
Nos vãos de suas fissuras...
Ser parte integrante dela...