Minha tela...

Seu corpo

Mostrando você pra mim

Assim desnudo...

É a tela onde desenho,

Pinto mil paisagens,

Dou formas à fantasia,

Às imagens nebulosas

Do amor e da paixão

De um simbolismo marcado de desejo

Formas etéreas e etermas

Sutis símbolos desse apego

As tintas difusas e profusas do meu amor

Correm em sua pele

Em cores sur tom

Como gotas de chuva bebidas pelo sedento chão

Recebe as cores pigmentadas por eros

No toque de minhas ávidas mãos

Sorve... Absorve,

Incorpora em seus poros

E eu pinto a magia desse querer

Onde só eu posso ver

Os segredos ressaltados nela

E, artista enamorado de sua obra

Desejo adentrar na tela

E assim como Van Gogh em sua loucura

Perder-me eternamente nela

Amalgamado

Nos vãos de suas fissuras...

Ser parte integrante dela...

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 17/01/2015
Reeditado em 17/01/2015
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