Maré alta
Sol em fogo
No fim do mar
Embarcações
Vomitam óleo e nata
Em redes destroçadas
Estéril baía, oca enseada.
Nos molhes abandonados
Sobre esteiras rotas
Acasalam-se
Amantes febris
Em anatomias rudes e salgadas.
Passado o temporal
Adormecem saciados.
No continente
- Em volúpia e fúria -
O mar vai devolvendo
Garrafas, algas, sonhos, conchas,
Cordas, pesares, amarras...
Beijo a todos!