Cerberus

Quis de Cerberus a morte do gozo

a petite mort encantada;

com o olor de todas as águas

onde as tintas se misturam furiosas

num vermelho crudelíssimo:

- amor e ódio - dor e prazer -

violência branda/faca afiada/dança espalmada

punhal de linho/eixo no meio/lua esmerilhada...

Onde o inferno sustenta

tantas dardos em seu alvo

Onde o sangue escorre da greta

e o hálito é mais quente feito o inferno que se deleita;

Onde a quentura é mais exposta e morosa

porque é pura lascívia e desejo

E Cerberus, cão raivoso e danado,

fode como quem alimenta a pequena morte

Deixa nos cortes a sua marca

Onde a dor é infinita

e a pungência é de quem grita

a blasfêmia no prazer ...

E no meu querer de mais uma vez

em ti

m o r r e r [...]

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 06/01/2015
Reeditado em 06/01/2015
Código do texto: T5092615
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