FRUTO PROIBIDO

Depois de do barro ter sido feito; em abandono

senti-me...sentindo que viver, de nada me valia...

Foi então que ao despertar de um longo sono,

tu me deste companhia!...

A ti, quis obedecer as ordens; porém fui astuto;

não o fiz...mesmo receoso!...

Pensei: -se é proibido esse fruto;

porque é tão saboroso?...

Ah!...me ensinaste qual era a melhor maneira

de a sede matar, na água que da fonte nascia...

Mas, é a boca da que me deste, companheira,

que minha sede sacia!...

Me ensinaste como manter o meu corpo quente;

mesmo assim, causava-me o frio, muita dor...

Era o corpo daquela que me deste de presente,

que me oferecia calor!...

Obedecerei-te a tudo (tudo, mesmo) que me peças;

eis aqui, pecador arrependido...

Mas rogo-te: -por favor, não peças

que mais não prove do fruto proibido!...

(GERALDO COELHO ZACARIAS)

Coelho Zacarias
Enviado por Coelho Zacarias em 04/01/2015
Código do texto: T5090510
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