FRUTO PROIBIDO
Depois de do barro ter sido feito; em abandono
senti-me...sentindo que viver, de nada me valia...
Foi então que ao despertar de um longo sono,
tu me deste companhia!...
A ti, quis obedecer as ordens; porém fui astuto;
não o fiz...mesmo receoso!...
Pensei: -se é proibido esse fruto;
porque é tão saboroso?...
Ah!...me ensinaste qual era a melhor maneira
de a sede matar, na água que da fonte nascia...
Mas, é a boca da que me deste, companheira,
que minha sede sacia!...
Me ensinaste como manter o meu corpo quente;
mesmo assim, causava-me o frio, muita dor...
Era o corpo daquela que me deste de presente,
que me oferecia calor!...
Obedecerei-te a tudo (tudo, mesmo) que me peças;
eis aqui, pecador arrependido...
Mas rogo-te: -por favor, não peças
que mais não prove do fruto proibido!...
(GERALDO COELHO ZACARIAS)