PESCOÇO

Eu que era errante poeta de beira de esquina, me vi rendida quando tomou posse da minha melodia.

Apaixonei-me por seus lábios quando percorreu faminto meu pescoço nu e abocanhou me deixando marcas para que eu pudesse exibi-las como prêmio por onde quer que eu fosse.

Assim nenhum homem me olharia, ou olharia mais detalhadamente e saberia.

Ali vai uma mulher que tem um bom dono!

Alma das Rosas

Alma das Rosas
Enviado por Alma das Rosas em 02/12/2014
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