VOCÊ ME PEGOU DE JEITO
(Sócrates Di Lima)
Passou algum um tempo,
E de repente ouvi-te novamente,
E nesse momento,
O corpo sentiu-se diferente.
Sentiu-se a falta,
A necessidade,
De expelir nos poros,
Os desejos guardados.
E nesse instante,
Os ouvidos sentiram,
As vozes sorriram,
E a libido acenou,
Gritou,
E desejo venceu,
Cresceu,
Gemeu,
O s lábios secaram,
As pernas tremeram.
Aos sons do silêncio,
De um ambiente qualquer.
O tempo passou,
E na seara da vontade,
Que a tempos pausara,
Vibrou-se na saudade,
De quem nada queria,
E no meio do dia,
A alegria,
Escondida na alma,
Exposta sem querer,
Sem perceber,
Sem provocar,
Se fez acesa,
Intensa,
Propensa,
Ao amor silencioso,
Que veio de lá,
E se instalou cá,
Como um gostar,
Maior que paixão,
E que traduz no coração,
A sedução,
Inebriação,
Do lobo que uiva,
Em noites de cio,
Em calor ou frio,
E que distante,
Sozinho espera,
Qualquer dia,
Qualquer hora,
Que venha de fora,
Novamente a aurora,
E traga na poesia,
O desejo de amar,
Que entra nos ouvidos,
E se cala,
No colo do prazer
Um ato perfeito,
Que sem perceber,
Você me pegou de jeito.