VOCÊ ME PEGOU DE JEITO

(Sócrates Di Lima)

Passou algum um tempo,

E de repente ouvi-te novamente,

E nesse momento,

O corpo sentiu-se diferente.

Sentiu-se a falta,

A necessidade,

De expelir nos poros,

Os desejos guardados.

E nesse instante,

Os ouvidos sentiram,

As vozes sorriram,

E a libido acenou,

Gritou,

E desejo venceu,

Cresceu,

Gemeu,

O s lábios secaram,

As pernas tremeram.

Aos sons do silêncio,

De um ambiente qualquer.

O tempo passou,

E na seara da vontade,

Que a tempos pausara,

Vibrou-se na saudade,

De quem nada queria,

E no meio do dia,

A alegria,

Escondida na alma,

Exposta sem querer,

Sem perceber,

Sem provocar,

Se fez acesa,

Intensa,

Propensa,

Ao amor silencioso,

Que veio de lá,

E se instalou cá,

Como um gostar,

Maior que paixão,

E que traduz no coração,

A sedução,

Inebriação,

Do lobo que uiva,

Em noites de cio,

Em calor ou frio,

E que distante,

Sozinho espera,

Qualquer dia,

Qualquer hora,

Que venha de fora,

Novamente a aurora,

E traga na poesia,

O desejo de amar,

Que entra nos ouvidos,

E se cala,

No colo do prazer

Um ato perfeito,

Que sem perceber,

Você me pegou de jeito.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 14/11/2014
Código do texto: T5035383
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