Prece à liberdade

Ando com a armadura do meu arcanjo

E a Esfinge a comprometer-me fulva

Tentando desvendar o meu arranjo

E devora prazerosa a minha vulva

E de Efebo, menino louco e arteiro

Com mil exércitos a penetrar-me

E me quis ainda que fruta de outeiro

A dar-me bem fundo e eu a deleitar-me

E a ira do meu anjo alado

Flutuou-me sem nenhum pecado

Passou-me pela tua adaga de leve ao arco

Das ogivas dos meus bicos dados

Fui alimento e fui o sustento

De asas brancas à virgindade

Na pátena de todo o unguento

E na claridade da prece, à minha liberdade

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 11/11/2014
Reeditado em 13/11/2014
Código do texto: T5031394
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