Fruto proibido

Não desvies a seta do alvo

Eu que sou a fruta proibida

Dá-se como quem morde a salvo

Devora-me o quanto antes escorrida

Manchas de escarlate os teus dentes

Mostro que o meu sumo é pegajoso

E em campânulas vou abrindo mais rente

Ao ardor que te causa o meloso

E vou derramando o meu doce

E vais saboreando na língua

Por mais proibida que eu fosse

E Eros deleitou-se com a cena

Na mais pura cumplicidade

E viciante ficaste na minha fruta obscena

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 04/11/2014
Reeditado em 04/11/2014
Código do texto: T5023178
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