Transe

As vozes se calaram

Nem os ecos proclamaram

_ até o desmando das montanhas

cordilheiras das minhas ancas

_ das pernas em paralelas

entreabrindo as janelas

de um gozo mais salgado

_ Dos mares à indecência

Não do seu sexo...

Mas das minhas palavras

... dos meus mamilos bem eretos

procurando a tua língua...

_Dos meus vícios, o mais certo:

- um gemido após o outro

num morder de lábios espraiados

_ E as minhas coxas ainda se abrem

nos virtuosos dedos que ainda me cabem

porém entristecidos, soam-me

Como se quisessem arrancar-me

desse transe... desse disfarce...

Apenas (Eu)
Enviado por Apenas (Eu) em 21/10/2014
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