ALCOVA ETÉREA

Elucubro, descubro, te cubro.
Arranco-te as asas empoeiradas...
Para que possa ousar sem asas,
Para que descubra novas sensações.

Envolvo-te no redomoinho do vento,
Insana e vulnerável rodopias...
No círculo concêntrico és minha,
Vendaval de sensações novas.

Lhe arremesso no lúbrico vácuo,
Descontrolada se deixa ir...
És refém e és tão livre!
Desmente o antagonismo.

Na verdade estás presa por vontade,
Pois as algemas são invisíveis...
Redemoinho de deliciosas sensações!
Desintegra-se na elipse do meu corpo.

Em volteios intensos se realiza...
Vendaval se faz brisa onde aninha-se...
Sorri desfalecida com olhos de lua...
Sente-se ir no sumidouro.


 
POETADOAMOR
Enviado por POETADOAMOR em 01/10/2014
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