Sobre o meu corpo
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não falarei da raiva
não resgatarei a fome
não esticarei o vício
não fecharei
os meus pulmões à tarde
... mas da sede que me lava
por mera chuva atirada
sobre o meu corpo
/molhando o que me secou.../
E que me corroa todo o tempo
já que a minha língua
não mais te lava...
e a tua lâmina emparelhou
acentuando-me no corte
- e ainda me jorrou -
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