LUAR DO SER TÃO INJURIADO
A lua desponta
Por trás da serra bonita
E me deixa triste
Triste, por não saber
Se seu marido vai viajar
Se hoje você poderá vir
Se encontrar comigo
O seu verdadeiro amor
A laje
Do caldeirão das cabras
Não é o lugar
Mais confortável
Pra se fazer amor
Mas é o lugar onde ninguém
Nos acha
Onde ninguém acha
Que adultério é pecado
A lua sabe
Que estamos aqui
Que nos amamos
Que nós amamos aqui
Mas não julga isso
Adultério
Eu te amo, você me ama
Cuido de você
Te dou carinho
Muito carinho
Mais do que o teu marido
Te dá
Então por que a sociedade
Insiste em rotular
De adultério
Relações tão sólidas
Tão bonitas, tão sublimes?
Eu não deveria estar
Escrevendo isto
Mas este vento morno
Mais o canto triste
Da jurití
Nesta laje enluarada
Junta-se à vontade de te ver
E me deixa injuriado
E ao mesmo tempo
Filósofo, poeta...
Ou seja lá o que for
Menos, ADÚLTERO!
S. Paulo, 22/10/2012
www.cordeiropoeta.net
A lua desponta
Por trás da serra bonita
E me deixa triste
Triste, por não saber
Se seu marido vai viajar
Se hoje você poderá vir
Se encontrar comigo
O seu verdadeiro amor
A laje
Do caldeirão das cabras
Não é o lugar
Mais confortável
Pra se fazer amor
Mas é o lugar onde ninguém
Nos acha
Onde ninguém acha
Que adultério é pecado
A lua sabe
Que estamos aqui
Que nos amamos
Que nós amamos aqui
Mas não julga isso
Adultério
Eu te amo, você me ama
Cuido de você
Te dou carinho
Muito carinho
Mais do que o teu marido
Te dá
Então por que a sociedade
Insiste em rotular
De adultério
Relações tão sólidas
Tão bonitas, tão sublimes?
Eu não deveria estar
Escrevendo isto
Mas este vento morno
Mais o canto triste
Da jurití
Nesta laje enluarada
Junta-se à vontade de te ver
E me deixa injuriado
E ao mesmo tempo
Filósofo, poeta...
Ou seja lá o que for
Menos, ADÚLTERO!
S. Paulo, 22/10/2012
www.cordeiropoeta.net