Minha lua em você...
E tudo me corrói... e amo na imensidão
Nos éteres, cosmos iridescentes
traços ... reluzentes
destino tão ausente/réplicas nuas.
E sinto o calor nas coxas
E é inevitável o meu espasmo
E o meu roçar de lábios
E o ranger dos dentes
E o entrabrir das minhas pernas
onda a lâmina se acentua
e entorna feito ânfora...
E é no soluço do gozo que te encontro
E é nesse ritmo que desfaleço
onde a frincha deixa transparecer
a tua adaga que me fende (...)
É lisura, sede de rio e corredeira
É loucura e beiral que se estende
E vou cedendo bem branda e mansa
E vou me contorcendo...
Assim como os anjos sobrevoando-me
nessa fêmea que se perde.