BOCA DOS LABIRINTOS

Boca que guarda a vontade

de em outra boca estar.

Boca real, de verdade,

precisa ter a quem beijar.

Boca de mil labirintos,

língua de doces venenos.

Boca de lábios famintos,

desejos que não são pequenos.

Boca que, na madrugada,

pelo meu corpo passeia.

Boca sutil, assanhada,

a me prender como teia.

Boca que faz brincadeiras,

me leva ao paraíso.

Boca que fala besteiras,

nela, perco o juízo.

Poeta Télio
Enviado por Poeta Télio em 13/07/2014
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