O desejo

Às vezes, o desejo espreita a porta

Silencioso, vaga manso,

Buscando o momento de chegar-se

Sútil sopra seu bafo leve e foge

Escorrega entre os dedos, debatendo-se,

Ofegando, moribundo, vai vagando

O desejo espreita a porta

Entra sem aviso e se aconxega

Beija nossas faces mortas e frias

Marca delirante de agonia,

Deixa em nossas peles

O desejo, esse ladrão de almas

Converte tudo em euforia

Num eterno carnaval de fantasias

Torna a vida menos calma

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 05/07/2014
Código do texto: T4871037
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