TAÇA DO SILÊNCIO
Aroma.
Silêncio.
Tato.
Tremeluzir das palavras que iluminam os passos.
Lufada: uma pluma reluta cair.
Redemoinhos.
Redes.
Moinhos.
Moendas.
Desejos.
Do silêncio,
O aroma.
Do Tato,
Tu.
Pele: luz de bronze que anuncia folhas macias orvalhadas que almejam toques sutis;
Cheiro: noite serena trapeira que persiste em minhas narinas e me narcotiza;
Olhar: orladura libidinosa que é capricho triguenho da perfeita criação;
Voz: audiência harmoniosa e outonal no aconchego de um ninho.
Amanho.
Amálgama.
Amante.
Teu aroma é a taça do silêncio do meu tato estagnado que, dúctil, te possui, e
Cada Taça que bebo do teu aroma é um Rio que desponta Na fonte dos meus desejos mais devassos.
C.J. Maciel