EMBEVECIDOS NA ALCOVA

Sentes...neste instante já não sou nada.
Somente corpo, boca, pele, pelos, línguas...bocas
E a vida brota em sementes... Vão germinando em minhas entranhas...

Sinto-te...no nada...do nada ...nó na garganta emocionada.
Tua ausência a preencher meus todos sentidos...vontade louca!
Sinto a paixão brotando...me inundando...unindo o mar e as montanhas
Tuas mãos como adubo passeiam pelo meu corpo...
Não revelam segredos, desvendam apenas o pudor da carne.
Mistérios dessa febre animal.

Sinto-te na indelével e invisível presença pelo corpo...
Teus pelos ...poros...boca... seios...tenra e trêmula carne.
Desejos...delírios...dança sensual.

Fundimos nossos gritos...gemidos...
então nos tornamos um , e junto à noite amanhecemos em versos da lua,
Com a música do seu hálito ofegante....sussurrante
O sol brota dentro de mim !

Êxtase dos sentidos...orgasmos tremidos...
Fusão da noite com o dia...sol e lua.
Sons gementes encantamento dos amantes
Plenitude da fusão do yang e yin

Breves segundos, estou aquecida...
Por alguns instantes dispo-me do sofrimento...adormeço em tua boca.

Amanhecemos fundidos na canção jamais esquecida...
Não existe mais sofrimento...o amor no olhar, fala com voz doce e rouca.
POETADOAMOR
Enviado por POETADOAMOR em 04/04/2014
Reeditado em 13/06/2014
Código do texto: T4756010
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