AMOR DE ILUSÃO

Eu te amo e tu me enganas.

Oh! Esta é a minha triste sina.

Fazes de mim o que bem queres;

Usas-me a teu bel-prazer.

Caprichosa, tu choras, enquanto eu te consolo.

Amo-te, mesmo sabendo que isto significa o meu sofrer.

Atiro-me aos teus pés, quando me dizes que vais embora.

Meu pranto é copioso, desesperado, lastimoso.

Imploro para que fiques mais um pouco.

Às vezes, vens incendiar nossa cama.

São noites tórridas de paixão luxuriosa,

Quando parece que tu ainda me amas.

Os lábios se procuram,

Os corpos ardem e se atraem.

Nossas noites de amor são a minha felicidade.

NOTA: terminada a leitura, reinicie a leitura do poema, agora porém, do último ao primeiro verso (debaixo para cima) e perceba que tanto na leitura convencional quanto na inversa, os versos conservam um sentido próprio.