FLORAIS.
Febris mãos orquestradas passeiam
No lúdico ballet dos corpos  bailarinos
Como o ciciar  de prazeres que gorjeiam
Na urgência  de  êxtases  dançarinos
 
Na tangencia do desejo impostergável
Arrebatados limites são desafiados
A paixão impera  soberana e inarredável
Não há  recusas, só o amor é abençoado
 
E se amor subjuga a paixão, hosanas
Embriagam-se  os  amantes  eleitos
Nas  teias  de  elegias santas e profanas
A sorver do vinho em cálices perfeitos
 
 Que não se duvide do enlace amorável
E da acolhida  abrindo prenhes portais
E para os que ousam o amor renovável
Deleitarem-se em sagrados  florais.