AMARRAS

Gosto do teu canto
Que me atiça um gosto
Em tuas mãos delirantes
Ao degustar-me sem rédias.

Minuciosamente atrevido
Sequiosamente astuto
Deliberadamente sedento
Inebriadamente ousado.

Na cumplicidade da noite
Na tênue voz do silêncio
Onde âncora o teu desejo
Deleite vivo do meu prazer.

Gosto do teu cheiro
Concretizado em mim
Esse gosto sem olfato
Entre amarras em mim

Calo-me...!
E audaciosamente sagaz
Rouba os meus instintos
Despudoradamente me seduz
E deliciosamente suga-me a tez