POLIVALENTE
De repente,
desandei a falar frases
sem nexo.
Reflexo da minha timidez
polivalente,
que nunca ultrapassa
sinais fechado.
E foi diante da tua morenice
encantadora,
puramente estonteante,
que minha timidez
ficou obsoleta.
Fui me sentindo
tentado,
atraído,
viciado.
Já nem sei
onde ficou minha timidez
quando me lembro do teu perfume.
Só sei que fui perdendo
ela aos poucos,
às vezes, em teus braços,
às vezes, em tua boca,
às vezes, em tuas fendas.
E por fim,
e nem sempre nessa ordem,
em teus gozos
também polivalentes.