ESPUMAS
Ah! o teu banho,
a água,
às vezes morna,
às vezes quente,
a espuma branca
que brinca docemente
com a tua nudez.
A espuma
que lava
teus cabelos perfumados
repleto de desejos proibidos,
teus cabelos negros e compridos
como as asas da graúna.
A espuma
que escorre
lavando teu corpo,
descendo em cachoeiras
de volúpias e êxtases,
minha hipnose favorita.
A espuma
que desenha
na tua pele,
a geometria perfeita
da tua sedução.
A espuma
que beija
os biquinhos dos teus seios,
invejando a minha boca
quando fazemos amor.
A espuma
que se perde
no labirinto das tuas fendas
que escondem
um jardim de delicias,
um paraíso de prazer.
É nesse labirinto
que depois eu te acho,
e como as ondas do mar
murmurando sussurros na areia,
nossos orgasmos explodem
como estrelas em supernovas,
revelando a paixão avassaladora
que nutre e alimenta
os nossos corpos nas madrugadas.
Ah! eu sou a extensão
dessa espuma beijando
o teu corpo,
e depois que o teu banho acaba
minha hipnose se transforma em amor.