Lágrimas de prazer

Eu estou chorando

Com olhos de quem só vê o ontem

Bom moço

Moço insipido

Eu cuspo o teu gosto

Por todo meu corpo

Só para senti-lo de novo.

Só para acaricia-lo ardentemente,

E sem pudor.

Os olhos de ontem

Correm lágrimas

Que ainda melam os lábios

Todos os lábios

Que viram uma valsa

Que perdem a sintonia.

Eu me perdi,

Uma ou mil vezes,

Em um sonho oral,

Em um sonho de consumo,

Em um sonho descomunal quase banal.

Senhor mistério eu te perdoo.

Assim que tu fizeres novamente o meu gozo,

Assim que me deres a tua semente,

Escorrendo pelo meu corpo.

Apalpando minhas nádegas,

Acariciando os meus seios,

Adentrando minha caverna.

Doce enguia .

Eu vou lacrimejar por sobre o monte de vênus,

Eu vou cortar os pelos ,

Para que eu possa saborear do teu sabor.

Eu vou mastigar os teus lábios,

Enquanto tais lagrimas rolam e enrolam por sobre meu corpo,

Nu.

Eu não quero tomar banho,

A não ser que seja do teu corpo.

Desde ontem eu sorrio e lacrimejo,

Desde outro dia eu sou apenas o desejo,

Do tesão.

O sexo verbal,

O teu gozo,

Escorrendo pela minha boca.

Doce,

Teu mel,

És amargo,

És doce.

Minha lágrima,

Meu tedio,

Com você meu corpo treme,

Minha mente é dominada,

Me reduzo a pó.

E logo após,

Escorre-me o suor,

Sinto-me tua.

Apenas teu buraco de amor.

Ah, o amor!