Dançando na Chuva
Fico imaginando:
galho seco,
vinho seco...
Não quiseste te molhar
na água de chuva!
Ainda hoje a chuva me pegou
desprevenida...
Dos meus cabelos negros
pendiam gotas de chuva
que me molhavam,
mas não se misturavam
com lágrimas...
Claro! Eu não as tinha...
Ao contrário: Sorria! Ria!
Abria a boca
para beber cada gota
da chuva que caía...
Olhei o jardim...
Os galhos secos continuavam secos
Nunca vão se molhar!
Mas, logo me embriago
com o cheiro do jasmim...
E bailo molhada na chuva!!!!
Ela me acaricia e me chicoteia,
sangue pulsa na veia!
Meu corpo molhado
lembra pecado,
mas não me atrevo
a provocar desejo
em quem quer que seja...
Nessa hora sou criança,
continuo minha dança...
Pena que não me vejas!!!