MADRUGADA

Na cumplicidade da noite, quando
Os sonhos se estendem, na carência
Da tua boca, enlace de desejos
Adornados em puro prazer

No compasso da dança, desenhada
Verso, e revesso, rima na tua boca
Chorada melodia...Es porto seguro
Em loucura...Nefastos rumores.

Convulsivos delírios, ostenta
A madrugada, qual viajor inebriado
Exausto, se derrama...Flutua no meu leito
Ritmado...No açoite da minha boca..

Laço sem amarra...Corpos em profusão
Íris incandescente...Marca do teu olhar
Brindada em pensamentos...Revoltos...
Prazeres degustados...Corpos em ebulição.

Suave delírio, de tato aguçado...
De melodias sussurrantes, teus beijos
Meus tons...De suaves ternuras
Embevecido...Transmuta...Me extingue n'alma