PREVARICAÇÃO
calo na paixão dos versos que
se embalam sedutores
em teias de fantasias
um cálice preso nos seios
derrama unção escorregadia
com essências de poesias...
o perfume serpenteia na pele
inebriando me os sentidos
tatuando um pecado almiscarado
com ardor proibido
a boca de tinta nativa
tinge me de arrepios
decorando me o corpo
com beijos macios
meu terreno é desbravado
a cada palmo de chão
minha mente é caça
domesticada em teias
de oblação
‘armadilhada’ em vadio coração
enrosco-me nas tramas
de desenhos complexos
na cadencia d’outras mãos
até desmanchar me serena
enrodilhada num corpo
queimando de paixão
incendiando a cama d’um poema...
(... até fazer cansar a pena)