CORPOS ARDENTES
Na areia corpos insinuantes ardentes
Atraentes se querem e envolventes
Entrementes já de outro antecedente
Na negridão da noite se incendeiam.
Vozes quase roucas emudecem
Sussurros que empalidecem
Acenos que se engrandecem
Em silhueta que não se esquece.
Se ficar ao relento não agüento
Mais prefiro a curva dos ventos
Que sem direção se vão lentos
Ante meu querer novo intento.
Corpos se enroscam entre panos
Vontades loucas em novos Planos
O tempo passa e lá se vãos os anos
E outra vez nos enroscar vamos.