QUERO MAIS, MUITO MAIS...ESTA FOME!
Quero mais
é tocar teu cabelo
alisar tua pele, e nela...
Aveludar os meus dedos...
Os mesmos que hei de,
mais além, te triscar...
(Com cuidares suaves, entrementes!)
Penetrar os teus olhos nos meus,
de “mermo”... Ou mesmo que seja de mesmo!!!
E nesse olhar, vou-me ver nesse espelho...
Quero muito mais essa fome dos velos,
de lobo e de homem, assim, meio lobisomem,
desfiar as penugens dos teus pelos...
(Ih... Ia-me esquecendo dos teus seios!... E os ais?...
Em tempo: Esquecer teus mamilos, jamais!...)
Desfilar no tesão ansioso desejo
por teu sexo nos meus beijos...
Tocar sutil, suave os joelhos...
E nas coxas arranhar-me
num depilar por fazê-lo...
Usufruir do seu fêmeo cheiro...
Beijar-lhe os pés humildade e aconchego...
Plantar em teu corpo o meu,
o meu corpo no teu...
Confirmar felicidade...
Ah, jurar, até mentir fidelidade...
E querer vê-la acreditar, num momento de zelo.
Quero-te, quero, oh, quanto que te quero...
Tudo cada tempo num mesmo tempo...
Que passe esse tempo sem atropelo...
Sequer, qualquer contratempo...
E se o verbo for transitivo,
que seja intransitivo, a auxiliar esse intento!
Que nunca me falte motivo pra te amar!
Garanto, sem garapa, que aguento!
No chão à relva nem precisará colchão...
(Só o clarão da Lua no Sol "au clair du" arrebol!)
Tuas coxas é o meu quinhão
entre elas ou dentro do dentre elas até o ventre
hei de esbanjar "mui inten'sensação”!
Proclamar sem reclame ao mundo
o dom da alegria total no prazer
intenso, largo, múltiplo e ardente...
E deixar correr na relva
o líquem de um licor fortemente
tão de tanto, o qual aguardente!