Soneto da Cigana
Bacante do inferno.
Me apanhou assim de repente, sem aviso.
E nem com todos os anjos e santos do céu
Eu poderia não cair diante seu sorriso.
Começo de inverno
Me deixou assim demente.
E nem toda a seda e todos os favos de mel
Valeriam a luz desse olhar preciso
Que eu me queime, me torture
Que eu caia ao pés dessa cigana
Que eu caia no fogo da sua cama