Entrelaçados
A meia luz do quarto
Só te mostra o que quero que vejas
O vinho sem taça é proposital
A minha intenção
É ser a taça
Banha meu corpo com vinho
Sugue meu néctar
Sacia minha alma
Supre meus desejos
Faça-me seu brinquedo
Beija meu corpo
Arrepia minha pele
Sinta meu calor
Atiço-te com gemidos
Arranho teu corpo
Deixo-te quase louco
Te beijo
Te mordo
Te mostro o caminho
O meu caminho
Em êxtase te sinto em mim
Em delírio te vejo
Sem palavras
Sem perguntas
Com total entrega
Sem nenhuma pressa
O relógio neste instante para
Os únicos movimentos são dos lábios gemendo
E o vai e vem dos nossos corpos
Em uma explosão única
O prazer exalta
Os corpos estremecem
O cheiro de cio exala
O prazer em nós fez moradia
Os beijos agora são calmos
O roçar do corpo é de agradecimento
O sorriso de contentamento
O olhar que antes era selvagem
Se tornou terno
O abraço e o leve toque são de realização
E depois dessa erupção de prazer
Adormecemos ali...
Entrelaçados.
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Ao som de Zélia Duncan - Sentidos
Nota: Essa poesia foi feita a pedido de um poeta que gosto e admiro muito.
Espero não ter decepcionado.
A voce meu carinho!