Entrelaçados

A meia luz do quarto

Só te mostra o que quero que vejas

O vinho sem taça é proposital

A minha intenção

É ser a taça

Banha meu corpo com vinho

Sugue meu néctar

Sacia minha alma

Supre meus desejos

Faça-me seu brinquedo

Beija meu corpo

Arrepia minha pele

Sinta meu calor

Atiço-te com gemidos

Arranho teu corpo

Deixo-te quase louco

Te beijo

Te mordo

Te mostro o caminho

O meu caminho

Em êxtase te sinto em mim

Em delírio te vejo

Sem palavras

Sem perguntas

Com total entrega

Sem nenhuma pressa

O relógio neste instante para

Os únicos movimentos são dos lábios gemendo

E o vai e vem dos nossos corpos

Em uma explosão única

O prazer exalta

Os corpos estremecem

O cheiro de cio exala

O prazer em nós fez moradia

Os beijos agora são calmos

O roçar do corpo é de agradecimento

O sorriso de contentamento

O olhar que antes era selvagem

Se tornou terno

O abraço e o leve toque são de realização

E depois dessa erupção de prazer

Adormecemos ali...

Entrelaçados.

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Ao som de Zélia Duncan - Sentidos

Nota: Essa poesia foi feita a pedido de um poeta que gosto e admiro muito.

Espero não ter decepcionado.

A voce meu carinho!

Biatrice Bindi
Enviado por Biatrice Bindi em 09/04/2013
Reeditado em 09/04/2013
Código do texto: T4232315
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