Na Cabana
Na cabana os amantes
Na beira do limpo rio
alheios aos ventos uivantes
Se amam em doce cio
La fora canta o vento
Com intenso furor
Dentro parou o tempo
Os corpos trocam calor
A noite alta campeia
Nos ermos da enseada
A lua rápida vagueia
pelo vento empurrada
Os amantes sob a amplidão
Protegidos da invernada
Se amam alí no chão
Sem pensarem em nada
O Vento as vezes reproduz
Os sons vindo da cabana
É o macho que introduz
A fêmea geme insana
Urros varam a noite
Acordando estrelas.