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A estranheza da Arte

Um sentir-me culpado

Um espinho na carne

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O desejo saber a carne

A estranheza da culpa

O espinho da Ahhhrte

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Esse dom de ouvir-te

O monólogo do amor

A teia que fia a ficção

O sono da razão gera

Gerações de monstros

Q não param de sonhar

Se vc perder

Ou se ganhar

Não se sinta

Culpada.

Órfã estás não te iludas

Parentes vizinhos estão

Supostamente vivos

És tão antiga, menina!

E ainda fias e com fias

Nessas teias peregrinas

Mulher dos olhos de sal

Aprendestes a arte de se

Enrugar sob o sol fixo

Nessa pose sempre fetal

Me amarro em vc e em

Sua transcendência de

Barro. Esse cal vário

Conduziu-me até a ti

Agora deves vir e

Conduzir-te até aqui

Não podemos viver

Sem as coisas desse

Mundo. Fomos feitos

Para a eternidade?!

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 26/03/2013
Reeditado em 26/03/2013
Código do texto: T4208055
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