Escrevo Amo Fluo
Eu te vejo inteira, querida
O amor adormecido no
Cobertor dessa sua vida
Penso em seus gestos triviais
Lembro vc a dançar em ritmo
De espera e de esperança
Eras apenas desejo e sedução
Eras somente linda e cantavas
Calada a canção macia, radical
Enquanto escrevo viajo em tua
Juventude. Madalena passeia
As mãos por meu passado irado
Eu preciso dizer que meu amor
Multiplicou-se por essas coisas
Pelas quais dançaste o mundo
Girou, pela primeira vez fez
Sentido e se desdobrou em
Tudo e todas as coisas estão
Desde então sob o brilho da
Luz do sol dessa lembrança
Que não se desfaz: seus pés
A fazer girar todo universo
À velocidade da luz. Essa
Lembrança não envelheceu
Sessenta primaveras e eu
Como que à espera de que
Despertes o futuro q não te
Esqueceu e está a te amar...