REFÉNS
Sei que não te amei,
Apenas te quis...
Só deixei teu desejo percorrer meu instinto voraz...
Teu vinho no meu corpo destilado,
Destronando a razão, mesmo pouca.
Ébrio ,sentimento insano...
Sei que não me amou,
Apenas me quis tua amante...
Certeza de que não ia sucumbir aos meus encantos,
O banho que me cobriu o corpo inteiro,
Lábios que deslizam dos montes a outros lábios,
Final da descida , no ponto certo
Degusta o mel que te sacia o gosto.
Não há amor nesse encontro...
Não esse bobo conto de fadas
Onde princesa se enamora do cavaleiro,
Galopante em corcel branco
E se entregam num beijo inocente e romântico.
Há paixão arrasadora,
Brasas
Queimando os corpos
Que se tocam ...se colam
Vão-se e voltam
De novo repetem o mesmo ritual
Ficaram-Se reféns,afinal
É vício !