FEITO FUMAÇA

Apareces sorrateira em meio à noite.

Assalta-me o sono,

E invade a minha cabeça em rodopios.

Transforma em arrepios os devaneios,

Queima feito brasa a minha pele em desejos,

Escapa como fumaça à meus anseios.

É fogo, palpitação, confusão, vaidade e luxúria. Talvez até gula.

Qual pecado não?

E no proibido, habita minha perdição,

Ponto fraco, paixão...

E no escondido, encontro minha redenção,

Por pouco tempo, se não em vão...

Tão quanto minha nobre intenção de distração por todo o dia,

Pois é irresistível tragar-te ao cair da noite,

Corrompida pela tão bela lembrança que invade a minha mente,

Deixando-me dormente,

Perdida no tempo, à viciar-me em ti.

Daiane Alves
Enviado por Daiane Alves em 18/03/2013
Código do texto: T4194953
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