Foram tão bons os seus beijos induzindo-me a uma só sedução.
Foram tão bons os seus beijos induzindo-me a uma só sedução. Enquanto nossos corpos se comprimiam e se agitavam, os seus lábios se conduziam ao meu corpo.
Aquele beijo molhado no meu pescoço, aquelas mordidinhas estimulantes arrepiavam meus pêlos, que refletiam em meus músculos. Você era tão vulgar, mas ao mesmo tempo um doce, amor. Era noite de lua cheia. Era extravagante a vontade que nos vestia naquele período.
Quando eu induzia minha mente, meu corpo, meus dedos em você, eles desciam levemente pelas suas costas até chegar à região das suas nádegas, as quais eu apertava e apalpava.
Meus dedos tiravam aquele pouco pano que a cobria. Libertávamo-nos de tudo que nos vestia. Ficamos nus.
Eu dominava-a pelas minhas mãos, segurava-a como um troféu e comia-a como o último prato - sim, eu estava com fome -,
Enquanto minha língua possuía seus seios - sim, ela estava com sede.
Naquela hora, todos os meus pensamentos eram os mesmos que os seus, e a certeza era de que não tínhamos hora para acabar; apenas a certeza de que ficaríamos acabados e exaustos.
Rolávamo-nos pela cama, que estava cheia de pétalas de rosas, e a taça que caía por ela manchava nosso lençol.
No momento em que eu a conduzi à quina da cama, inflávamos, amávamo-nos.
Nós éramos bons no que fazíamos. As glândulas sudoríparas agitavam-se, e nosso corpo parecia um rio de tanto suor. Estávamos molhados, cheios de excitação. Ouvia-se aquele barulho da bacia batendo nas nádegas - às vezes era forte, outras vezes levemente.
Você, por trás, passou a mão na bola como se fosse uma gandula. Ali, eu não aguentei, cobrei o lateral e fiz o gol. -
Renato F. Marques