Desejos

Desejos que não podem ser revelados

do submundo de minha mente

escondidos no consciente

hoje voltam a ser visados

Sonhos nunca testemunhados

vontades absorventes

expectativas insolentes

atrás de muros desgastados

Lugares agora esbravejados

mãos, bocas envolventes

corpos certos, abrangentes

em tese nunca tocados

Em palavras nunca citados

almas, olhos clementes

presos dessossegadamente

desejos enraizados

De um em um aplainados

pensamentos dissolventes

guardados causadamente

num rosto desfigurado

Devem ser todos isolados

estes quereres inconsequentes

deste corpo demente

Ah! Devem ser apagados.

A uma garota cuja não conheço (Lidiane)

Ingrid Takiná
Enviado por Ingrid Takiná em 22/02/2013
Reeditado em 07/03/2013
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