DESEJOS DE QUEM AMA
(Sócrates Di Lima)

Nas noites frias os corpos se alinham
os faz quentes e submissos
desejo e prazer que juntos caminham
nas noites enluaradas e sem compromissos.

Desejo em amar se multiplicam
num encontro de corpos profanos
corpos esparramados suplicam
querendo a extravagância do insano.

Nas noites os desejos se soltam,
Feito aves noturnas se espalham,
Se cruzam, se conjulgam, não falham,
Os desejos se tornam reais e não se calam.

Desejos de amar,
Ser amados,
Enamorar,

Namoridos, namorados.

Ah! E corta a pele o desejo,
Queima e cheira amor,
Sedimenta no beijo,
Espasmos sem dor.

É o desejo de ter,
O desejo de querer,
O desejo de saber,
Que toda hora o desejo pode acontecer.

Então os corpos de almas vestidos,
Nus se contemplam e se amam,
Desejos insanos e permitidos,
Desejos que nas noites frias  inflamam.

Desejo de amor,
Entre o bem querer e a paixão,,
Que se amam sem pudor,
No amor perene e de contemplação.

É o amor sem a louca necessidade,
o amor de experiência e da reciprocidade,
Um amor quase na inocência da identidade,
É o amor mais bonito, o da terceira idade.
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 28/01/2013
Reeditado em 28/01/2013
Código do texto: T4109004
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